Quem dá cor à VERDE?

Há beleza no recomeço

Marta Gomes - Coordenadora de Marketing e Comunicação

Natural de Alcanena, a Marta é uma fusão de sentido de missão, curiosidade, e vontade de fazer acontecer. Em criança, sonhava ser jornalista da National Geographic; hoje, anos depois, concretizou esse sonho à sua maneira: há três anos que avança a comunicação da VERDE, criando narrativas, campanhas e parcerias que revelam o impacto do importante trabalho de terreno da organização.

Estudou Hotelaria em Lisboa e licenciou-se em Marketing Turístico, em Peniche. Com a incerteza que a pandemia de COVID-19 trouxe ao setor do turismo, decidiu reinventar-se, especializando-se em Marketing Digital. Enquanto estudava, aplicava o que ia aprendendo não só na sua vida profissional, como também em diversas iniciativas de voluntariado e associativismo. Colaborou com o TEDx, participou na organização de festivais e eventos, liderou a comunicação do Reboot e, mais tarde, integrou a equipa da VERDE, onde hoje desempenha funções como Coordenadora de Marketing e Comunicação.

Trabalhar em comunicação na área ambiental surgiu como um processo natural: cresceu no campo e com ele, em contacto diário com a natureza, num quotidiano intuitivamente orientado para a sustentabilidade. Tinha a casa cheia de calatheas e monsteras antes de ser moda, uma delas conta já com mais de 28 anos. 

Ser profissional de comunicação e marketing exige compreender quem desenvolve a ciência e, também, quem não a domina. Desde cedo que esse meio é confortável para a Marta: entusiasmada pela natureza, e entregue à criatividade. Orienta-se pela vontade de experimentar e aprender com os erros; para a Marta, não há narrativas ou campanhas impossíveis de criar – “Correu bem? Correu mal? São tudo lições”. O seu profundo compromisso para com os projetos nos quais se envolve é palpável, e o recomeço é um entusiasmo – “Gosto de começar coisas do zero e vê-las crescer; materializar uma ideia que afete positivamente uma comunidade ou um espaço.” 

Na VERDE, começou a trabalhar na criação de conteúdo, gestão de redes sociais, e simplificação de comunicação técnica. Nestes três anos, o seu trabalho foi-se profissionalizando e hoje as suas funções vão desde a gestão de voluntariado à criação de campanhas e organização de eventos. Para a Marta, é o ideal – “A VERDE dá-me agilidade mental, estou sempre a fazer coisas diferentes e todas as semanas aprendo coisas novas”.

A visita aos territórios co-geridos pela VERDE ou a participação em caminhadas é, para si, essencial, pois é no terreno que a missão verdadeiramente se compreende. Desde o início da sua presença na associação que o faz, e surpreende-a sempre o avanço no esforço de preservação. O projeto Gigantes Verdes, que acompanhou praticamente desde o início, é o que mais toca o seu coração, “É para mim um grande orgulho acompanhar este projeto, ver o quanto ele cresceu e sua capacidade de envolver as pessoas”.

Gigantes Verdes, que tem como missão envolver as comunidades locais na conservação da floresta nativa portuguesa, foi o primeiro projeto da VERDE. Hoje, a iniciativa está a expandir as suas ações de conservação para 10 novos municípios, a formar embaixadores, a promover atividades de sensibilização, e a criar uma plataforma de dados pública.

É neste e noutros projetos da VERDE, que contam com envolvimento cívico, que comunicação mostra ter um papel essencial. Para a Marta, sensibilizar e aproximar as pessoas da causa ambiental é tão importante quanto o trabalho de terreno: “Se não impactarmos as pessoas e mostrarmos como podem estar ligadas à causa, dificilmente haverá vontade de agir.” É aqui que o seu trabalho mais se destaca, dando forma a uma das maiores forças da associação.

Se hoje perguntarmos à Marta o que quer ser quando for grande, a sua resposta incluirá certamente o verbo “experimentar”. Para além disto, está nos seus planos a constante vontade de contribuir para os lugares por onde passa e ter, um dia, uma quinta, tempo para jardinagem, espaço para receber quem passa, e uma comunidade.